- Vocês já devem ter percebido que usar o colete não dói, e que a reação das pessoas não é tãaao brusca quanto a gente realmente espera. É fato que algumas exageram e tal, mas a maioria nem percebe que há algo diferente no seu corpo. Então, na escola é assim! Tem sempre aqueles curiosos que querem saber de tudo, tem aqueles que tem certa curiosidade, mas tem vergonha de falar e ficam olhando e olhando. Mas também tem aqueles que não veem nada de mais em você usar um aparelho para a coluna. É isso, tudo normal, a mesma coisa. Não tem dificuldades, e se tiver, peça a Deus para lhe ajudar porque ele pode suprir todas as suas necessidades. Não se preocupe, tudo vai dar certo você vai ver!
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Início das aulas
Gente, amanhã começam as aulas pra mim (que pena), e eu acredito que pra boa parte do país também. Então pensei em postar algo pra galera que vai ter seu primeiro ano de colete agora, que começaram a usar há um mês, ou dois... É coisa pouca, mas espero que ajude.
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Olá! Meu nome é Sara, e eu comecei a usar o colete ontem. Queria saber como foi o início para você, como você lidou com ele e com as pessoas ao seu redor.. Estou um pouco triste mas me consolo nos blogs que falam sobre o colete, como o seu. Tento sempre olhar para frente, também. Ah, e tenho algumas perguntas também.. rs. Tenho que usá-lo por enquanto 4 horas por dia (um sacrifício para mim, já), e algum dia usarei por mais tempo, como durante a escola. Aqui no meu estado nós temos Educação Física, e eu queria saber (só se no seu estado você também tiver isso) como você lidou com isso, se precisou tirar sempre que foi fazer a aula. Ah, e a questão de dormir. É muito ruim? Meu médico falou que eu preciso dormir de "barriga para cima", mas eu simplesmente não consigo! Volto a falar com você depois da resposta, obrigada!
ResponderExcluirOi!
ExcluirDesculpa a demora da resposta, mas foi por causa da escola (caminhões de atividades)..
A gente sabe que tudo quando é novo demais fica difícil de se adaptar, o tempo de se acostumar vai de cada um, de como a pessoa se encontra psicologicamente, eu acho. Pra mim o início foi muito fácil porque eu não pensava na intensidade do problema, sabe? Eu via com a maior naturalidade, não imaginava nada como reações alheias ou como seria usar 23 horas por dia. É fato que houveram dificuldades como roupas apertadas, comer com o pescoço meio imobilizado, fazer atividades sem poder abaixar o pescoço como eu queria, não conseguir amarrar meu cadarço, levantar sozinha da cama, essas coisas... Mas aí, eu percebi que eu não podia ficar privada assim, não era esse o objetivo do tratamento! Então pedi ajuda a Deus. Fui no hospital, e o colete estava grande, depois que cortou, tudo foi mais fácil, congui amarrar os sapatos sozinha, comer ficou fácil, minha avó mandou fazer um "pupitosinho" (como tem nas fotos mais antigas) para eu fazer atividades, conseguir levantar só da cama, e fazer tudo na escola. Quanto às pessoas: no meu colégio foi tudo muito bem, e nas ruas a gente tem que entender que existem pessoas de todo tipo, e que algumas são ignorantes e não se colocam no nosso lugar e ficam olhando fixo. Mas nada tãaao constrangedor, é só se acostumar.
Aqui na Bahia também temos aulas de Educação Física. Eu parei de ir e minha mãe avisou ao colégio o por quê. É que eu só tinha uma hora livre, e pra tirar o colete lá, pedir para colocarem para mim, etc. seria um trabalho desnecessário. Mas a fisioterapeuta me passou umas atividades para fazer em casa.
Dormir com o colete não é nada difícil! Pra você ter uma ideia, eu dormia de bruços, de lado, e de barriga para cima sem problema algum e sem dores! Então, se eu consegui, você também consegue! ;)
Bom Sara, não fique triste nem se esconda, aí é que as coisas ficam difíceis. Encare isso como uma nova fase em sua vida. Todos nós passamos por dificuldades e problemas, não tem como fugir! Mas o que eu fiz e te aconselho a fazer é pedir ajuda a Deus que Ele com certeza não vai te deixar só. Vai te ajudar, e fazer das coisas o mais fácil possível! Acredite!
Mais dúvidas, pode perguntar.
;)